O clima político na Líbia atigiu proporções insustentáveis.o seu presidente, Muammar Khadafi, pode ser acusado de crimes contra a humanidade, depois de ter ordenado ataques contra manifestantes que pedem sua renúncia. Segundo a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, as autoridades do país teriam permitido o uso de metralhadoras, atiradores e aviões militares contra civis.
O presidente da Líbia, Muammar Khadafi, pode ser acusado de crimes contra a humanidade, depois de ter ordenado ataques contra manifestantes que pedem sua renúncia. Segundo a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, as autoridades do país teriam permitido o uso de metralhadoras, atiradores e aviões militares contra civis.
A comunidade internacional preocupada com as últimas movimentações fecha o cerco contra Líbia e, por iniciativa dos EUA, ministros das principais potências se reunirão em Genebra na 2ª feira para estabelecer uma estratégia de sanções contra Muamar Kadafi, isolar o regime e dar uma demonstração de força para pressionar pelo o fim do massacre.
A ONU estima que 250 pessoas tenham sido mortas pelas forças de segurança do país africano em uma semana de confrontos. No entanto, a Federação Internacional de Direitos Humanos (FIDH) acredita que pode chegar a 400 o número de vítimas. Os protestos tiveram início no dia 17 de fevereiro e foram motivados pela derrubada de duas ditaduras nos vizinhos Tunísia e Egito.
O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu "coordenação multilateral" para a aplicação das medidas. Enquanto isso, 54 países convocaram uma reunião de emergência da ONU amanhã para votar uma resolução estabelecendo uma investigação internacional por eventuais crimes de guerra contra o líder líbio. Alguns governos chegaram a propor até mesmo a suspensão da Líbia de órgãos da ONU e até a Liga Árabe decidiu afastar Kadafi das reuniões até que ele mude de posição. Cresce a pressão para que Trípoli seja agora banida de órgãos da ONU.
Depois de muitos militares líbios se recusarem a atacar compatriotas, Khadafi teria contratado mercenários de países vizinhos para comandar a repressão. Khadafi está no poder desde 1969, quando orquestrou um golpe de Estado que acabou com a monarquia no país. Na ocasião, tinha 27 anos de idade.
A população tenta a todo o custo abandonar o país de todas as formas possíveis:
Não tem fim a aflição de quem vive na Libia neste momento, dezenas de milhares de estrangeiros estão tentando abandonar o país de todos os meios aos protestos populares contra o governo e à violência que já teriam deixado mais de 200 mortos. Vários países, entre eles o Brasil, finalizam planos para a retirada de seus cidadãos do país.
Cerca de 130 brasileiros e 50 portugueses que trabalham para a empreiteira Queiroz Galvão em Benghazi, segunda maior cidade líbia, aguardam negociações envolvendo a empresa, as embaixadas brasileira e portuguesa em Trípoli e as autoridades locais para deixarem o país, possivelmente por mar.
Ao menos 5 mil egípcios já teriam cruzado a fronteira entre os países e outros 10 mil estariam aguardando na fronteira para voltar ao Egito.
O governo do Egito anunciou o envio de seis aviões comerciais e dois militares para retirar seus cidadãos da Líbia. Há entre 1 milhão e 1,5 milhão de egípcios no país.
A Turquia enviou três navios ao porto de Benghazi para tentar transportar cerca de 3 mil cidadãos do país. Outros mil turcos já haviam sido retirados de avião.
A Itália, antigo poder colonial na Líbia, anunciou o envio de três aviões da Força Aérea para retirar os cerca de 1,5 mil italianos que vivem no país. Já a França está enviando três aviões.
A maioria dos cerca de 3,5 mil britânicos vivendo na Líbia já teria deixado o país, e o Ministério das Relações Exteriores britânico aconselhou os demais a sair também.
Várias multinacionais com negócios na Líbia, entre elas as petrolíferas Shell (anglo-holandesa), Eni (italiana) e Total (francesa), também estão retirando seus funcionários do país.
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